Fluminense Conquista a Copa Libertadores da América pela Primeira vez.

Na tarde do último sábado, 04/11, foi disputada a final da Copa Libertadores da América entre Fluminense e Boca Juniors. Ambas equipes chegaram até a grande decisão com campanhas de destaque e jogos memoráveis.

Campanha do Fluminense até a Final

Na fase de grupos, o tricolor carioca, através de um sorteio, caiu no grupo D, ao lado de River Plate, Sporting Cristal e The Strongest. O que começou de forma tranquila, com três vitórias nos três primeiros jogos (inclusive uma goleada de cinco a um sobre o River Plate) se encerrou de forma dramática, pois o Flu não venceu as últimas partidas, e a disputa pelas duas vagas ao mata-mata estava totalmente aberta.

Com a classificação alcançada, o Fluminense enfrentou, nas oitavas, o Argentinos Juniors. No jogo de ida, um empate em um a um deixou a disputa em aberto; E na partida de volta, uma vitória por dois a zero, com gols de Samuel Xavier e John Kennedy, carimbou a classificação às quartas de final. A disputa de cento e oitenta minutos ficou marcada, além do avanço do Fluminense, pela expulsão de Marcelo no jogo de ida, após lesionar gravemente um jogador da equipe argentina, expulsão esta que resultou em suspensão por mais três partidas.

Nas quartas, o Fluminense enfrentou o Olimpia, que eliminou o Flamengo (uma das mais fortes equipes na competição) nas oitavas de final. No jogo de ida, no Maracanã, o tricolor se impôs e venceu por dois a zero; E na volta, mais uma vez, viu-se imposição e muita qualidade por parte do Fluminense, que venceu por três a um e sacramentou a classificação às semifinais.

O adversário da semi foi o Internacional, que deixou para trás o River Plate e o Bolivar nos mata-matas. No sufoco, o tricolor empatou em dois a dois com o Inter no Maracanã, jogando boa parte da partida com um a menos; E no segundo jogo, de virada, a classificação à final veio dos pés de John Kennedy e German Cano, e detalhe: a virada veio há seis minutos do fim da partida, o que deixou a classificação ainda mais inesquecível e empolgante.

Campanha do Boca até a final

Na fase de grupos, o Boca conquistou quatro vitórias, com um empate e uma derrota (única derrota da equipe na competição até a decisão), em um grupo que continha o Monagas, da Venezuela, o Deportivo Pereira, da Colômbia e o Colo-colo, do Chile.

Na fase de mata-mata, um feito histórico ocorreu. O time argentino não venceu nenhum dos seis jogos que disputou entre as oitavas e as semifinais, passando de fase através da disputa de pênaltis. Os argentinos eliminaram o Nacional, do Uruguai, o Racing, também da Argentina, e o Palmeiras.

Horas antes da partida, cenas lamentáveis entre os torcedores mancharam, de certa forma, o espetáculo, com possibilidade cogitada pela Conmebol de a final ser realizada sem público. Uma reunião aconteceu na sexta-feira, e a torcida foi mantida no Maracanã.

Dentro de campo, o jogo foi digno de uma final de uma competição do tamanho da Libertadores. O Fluminense, com Cano, abriu o placar. Com esse gol, o argentino se consolidou como artilheiro da Libertadores, com treze tentos.

O Boca empatou na segunda etapa, com o lateral peruano Advíncula. O empate persistiu, e a partida se encaminhou para a prorrogação. A aflição tomou conta das torcidas de Boca a Fluminense. Eram mais trinta minutos para que um time alcançasse "a glória eterna". O boca buscava seu sétimo título, para empatar com o Independiente em número de conquistas. Já o Fluminense sonhava em pintar a América de grená, branco e verde.

O gol do título tricolor veio dos pés de um menino predestinado. John Kennedy marcou um golaço, gol este previsto pelo técnico Fernando Diniz quando o atacante se preparava para entrar em campo, ainda na segunda metade do tempo regulamentar. Diniz disse a Kennedy que o gol do título seria seu, e após mais alguns minutos, que para os tricolores eram uma eternidade, o grito de "é campeão" ecoou pelo Rio de Janeiro e por muitas regiões no Brasil inteiro.

Com a conquista do tricolor carioca, outro feito histórico ocorreu. Pela primeira vez, cinco Libertadores consecutivas foram vencidas por Brasileiros.

Com uma campanha de altos e baixos e com jogos e classificações épicas, a América coloriu-se com as cores do tricolor do Rio pela primeira vez. Esse 04 de novembro ficará marcado na história do futebol sul-americano como sendo o dia de uma das melhores finais de Libertadores da América desde que se estabeleceu uma partida única, e será mais inesquecível ainda para os milhões de torcedores, que puderam ver o Fluminense conquistar a América pela primeira vez na história. E vemos o quão espetacular é o futebol com as histórias que ele nos proporciona durante noventa minutos de uma partida. John Kennedy, um garoto de 21 anos, desacreditado no início do ano, ganhou a confiança de Fernando Diniz e fez o gol que entrará para a história do clube, e ficará eternizado nos corações dos torcedores e dos amantes do esporte.

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