Minha Paixão pelo Grêmio.
Quando a gente ama algo ou alguém, é difícil explicar esse amor. No caso da gente que é Gremista, o amor que sentimos é realmente uma coisa inexplicável, que só quem sente sabe. Hoje, vou contar um pouquinho de como a minha paixão começou, e como o meu amor só cresce a cada dia.
Quando eu assisti meu primeiro jogo do Grêmio, tinha oito anos, e foi simplesmente o Grenal 407, aquele dos cinco a zero, no dia 09 de Agosto de 2015.
Depois daquela partida, dei um tempo do futebol, esporte que eu ainda não era nada fã, e voltei a acompanhar meu tricolor nas oitavas de final da Copa do Brasil, entre Grêmio e Athletico Paranaense, na Arena. O jogo foi muito emocionante, foi para os pênaltis, e desde então, entendi que tinha me apaixonado pelo Grêmio.
Depois, as glórias só foram aumentando. Vi a conquista do título da Copa do Brasil, a da Libertadores, enfim, vi coisas que jamais vou esquecer.
Me emocionei pela primeira vez em um jogo sem muita importância, mas que para mim valia muito. O dia era 25 de Maio de 2017, meu aniversário de dez anos. O Grêmio já estava classificado para as oitavas de final da Libertadores, mas jogou contra o Zamora, da Venezuela, na Arena. Goleamos por quatro a zero, e eu chorei horrores. Foi lindo!
Naquele dia, eu já pensava como era estar dentro de um estádio de futebol, o quão magnífico seria, e coloquei na minha cabeça que queria ir na Arena.
Minha primeira ida ao Estádio só aconteceu no final de 2018. Antes disso, vi meu tricolor pintar a América de azul, preto e branco pela primeira vez, vi o vice-campeonato do Mundial, o bi da recopa Sul-Americana conquistado nos pênaltis, um título estadual... É difícil encontrar palavras para dizer o quão emocionada eu fico ao falar desses momentos.
Na final da Libertadores, eu escutei os jogos em um radinho de pilha, que estava com a antena quebrada, mas que me dava muita sorte. Na semifinal do Mundial, no dia 12 de Dezembro de 2017, contra o Pachuca, eu escrevi os lances do jogo em Braille. Na disputa de pênaltis da Recopa Sul-Americana, eu estava ajoelhada em frente ao Rádio. Hoje eu rio dessas situações, e elas sempre estarão na minha memória e no meu coração.
Quando fui à Arena pela primeira vez, entrei em campo com o Bruno Cortez. A casa não estava lotada, mas tinham quarenta e uma mil pessoas. Para se ter uma ideia, eu não consegui cantar o hino nacional, estava muito emocionada. Para a festa ficar melhor do que já estava, Jael marcou o gol da vitória gremista, e eu ainda não acreditava que eu estava lá, no lugar que hoje chamo de "Segunda Casa", vendo meu Grêmio ao vivo.
Depois desse jogo, fui mais seis vezes ao Estádio. Vi três grenais, a volta do nosso maior ídolo no ano passado, o empate entre Grêmio e Bahia, também ano ano passado, e em 2019, realizei o sonho de dar um abraço no Renato. Eu completava doze anos naquele dia, e, além desse mega presente, eu e minha família tiramos fotos com diversos jogadores daquele elenco. Foi fantástico!
Mas, quando a gente é torcedor, temos que conviver com a dor também, porque um time de futebol não vive só de conquistas. A primeira vez que senti a dor de uma derrota amarga foi na semifinal da Copa do Brasil de 2017, contra o Cruzeiro. Tínhamos vencido por um a zero na primeira partida, e no jogo de volta, perdemos pelo mesmo placar, e fomos eliminados nos pênaltis.
Depois dessa, houveram outras que me doeram mais no fundo do coração. Em um 30 de Outubro de 2018 empolgante para nós, jogava-mos a segunda partida da semifinal da Libertadores. Eu, com todo meu otimismo, já projetava com meu pai uma final entre Grêmio e Boca Juniors, mas não dá para prever o futebol. Estava-mos vencendo por dois a zero, e como naquela época, ainda valia o critério do gol qualificado, o River Plate ( nosso adversário naquela ocasião ) acabou se classificando com o empate em dois a dois. Se não valesse aquele critério - eu pensava - teríamos passado! Tínhamos vencido a primeira partida, na Argentina, por um a zero. Aquilo até hoje me dói, mas ainda tenho esperanças que um dia, a revanche virá.
Depois daquele dia, ainda vi o Grêmio tomar um cinco a zero massacrante do Flamengo em 2019, perder para o Athletico Paranaense nos pênaltis na semifinal da Copa do Brasil do mesmo ano, e aí, veio a Pandemia.
Sem jogos, a saudade era tanta que não cabia dentro do peito, e depois de intermináveis meses dentro de casa e sem poder ver meu tricolor jogar, a televisão e o rádio começaram a reprisar conquistas tanto do Grêmio como do Internacional. Eu pude ver a conquista da primeira Libertadores, em 1983, a conquista do Mundial, também em 83, o bi da América em 95, e pude rever o Tri de 2017. Foi um momento mágico ver e rever essas conquistas tão importantes para nós. No final do ano, os campeonatos voltaram, e o Grêmio já mostrava sinais de um desempenho medíocre no campeonato Brasileiro, mas não se falava muito nisso, pois se entendia que estávamos no meio de uma pandemia.
No início de 2021, acabaram o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil. No Brasileirão, terminamos no sétimo lugar, e perdemos a final da Copa do Brasil para o Palmeiras. Na Arena, perdemos somente por um a zero, mas em São Paulo, tomamos um três a zero amargo.
Depois, o torcedor ainda encarou uma derrota na Pré-libertadores para o Independiente Del Vale, sem o Renato na casamata, pois ele havia testado positivo para a Covid-19 alguns dias antes do primeiro jogo.
No dia 15 de Abril de 2021, se confirmou a saída do Renato. Eu, por um lado, fiquei muito chateada, pois, todas as conquistas que vi foram com ele, mas por outro, minha cabeça me dizia que os desempenhos não estavam bons, e que o time tinha que melhorar. Infelizmente, depois do título gaúcho daquele ano e da campanha impecável na fase de Grupos da Sul-Americana, a coisa só desandou.
No dia 09 de Dezembro de 2021, vivi o pior momento da minha vida: o rebaixamento para a Série B. Até o último jogo, eu tinha fé de que poderíamos nos manter na Série A, mas, por um pequeníssimo detalhe, caímos, e eu não consegui dormir naquela quinta-feira. Foi horrível.
Em meio a tudo isso que contei, criei meu podcast para debater sobre os jogos e falar sobre os momentos marcantes da nossa história. Essa experiência, no início, era mais como uma diversão, mas hoje, é mais uma das minhas paixões.
No ano passado, apesar de ter passado o pior momento de todos os que relatei, não abandonei, e vi o Grêmio se reerguer. Vencemos mais uma vez o Campeonato Gaúcho e voltamos à Série A, além de nosso Renato ter retornado.
Hoje, não vejo mais minha vida sem meu Tricolor. O amor que tenho pelo Grêmio só cresce dentro de mim, e vou levar esse amor comigo para onde for. Eu nasci Gremista e vou morrer Gremista. Aliás, esse amor é imortal, e eu tenho um orgulho enorme de dizer que torço para um clube três vezes campeão da América, campeão do mundo, duas vezes campeão brasileiro, e que tem uma torcida fantástica. Agradeço todos os dias aos céus por ter descoberto essa paixão, e vou carregá-la comigo para sempre, pois o certo é que nós estaremos, com o Grêmio, onde o Grêmio estiver.
Comentários
Postar um comentário